|| Resenha || Pseudônimo Mr. Queen

25 de fevereiro de 2016
Título: Pseudônimo Mr. Queen
Gênero: Distopia/Ficção
Autora: Loraine Pivatto
Editora: Publicação Independente
Formato: Capa Comum
Avaliação: 

Sinopse: O ano é 2012, dia 21 de dezembro, e a temida profecia maia acaba de se cumprir. Cidades devastadas, ruas vazias, a população mundial bruscamente reduzida, e a história dos sobreviventes começa a ser contada. Os escolhidos iniciam um novo mundo, baseado nas novas regras passadas através dos sonhos. Agora serão 2 vidas: a primeira até os 70 anos, a segunda, a partir dos 20 e até os 100. 150 anos no total. Nenhum segundo a mais. A nova sociedade começa a surgir: sem desigualdade, sem dinheiro, sem doenças, sem possibilidade de mortes prematuras, exceto por uma maneira. uma única maneira de morrer, mas que não pode ser revelada. Um segredo que precisa ser guardado. Para salvar a sociedade de si mesma.


Comentando...

Certo dia recebi uma mensagem no Skoob com um convite. A autora Loraine Pivatto me perguntava se eu gostaria de participar do Book Tour do seu novo livro. Prontamente aceitei. Assim que eu li a sinopse, me interessei. A minha pergunta era: como seria se realmente a profecia tivesse se cumprido? Esse livro apresenta um manual do que poderia ter sido caso fosse real.

A profecia Maia se cumpriu. O mundo antigo já não existe mais. Poucas pessoas sobreviveram. E, se estavam ali, alguma coisa de especial tinham. A sociedade foi obrigada a recomeçar - e quando eu digo recomeçar, falo no sentido literal. O mundo agora era socialista, um governo igualitário. Não existe mais dinheiro, todos trabalham e são sustentados pelo governo, como uma grande troca de favores. As moradias são iguais, sem luxo ou ostentação, cada um recebia o que necessitava para viver, e todas as coisas a mais eram distribuídas através de cotas. Até o tempo de vida era igual para todos. Duas vidas. A primeira até os setenta anos, onde ao alcançar essa data limite, você automaticamente era levado para a “segunda vida”, onde vivia a partir dos vinte até os cem.

O livro e dividido em três partes, focando a história em Regina, Larissa e Vitória, ambas da mesma família, mas de gerações diferentes.

Acontecem muitas, mas muitas coisas mesmo no livro. Em determindo ponto fiquei um pouco perdida, tendo que voltar algumas vezes a leitura.

Tudo gira em torno destas três mulheres, mas existem alguns personagens coadjuvantes que são ativos na história, e isso pode sim confundir um pouco. Um exemplo: em uma interação em um clube da cidade fui apresentada a quatro personagens que não haviam sido citados na história, fora os três já conhecidos que também estavam em cena. Então, em um mesmo momento estavam: Regina, Lucia (amiga de Regina, que eu já conhecia), Larissa, Paulinho (namorado de Larissa), Cristiano (filho de Lucia, que eu nem sabia que ela tinha), Junior e Cecília. Eles interagiam entre si. Minha mente deu um nó. Eu não sabia quem era quem entre os meninos. Li essa cena umas duas vezes.

Uma coisa que eu achei muito legal: a autora nos mostrou que o grande problema da humanidade é o próprio ser humano. Em uma sociedade que não era regida pelo dinheiro, o fato de se conseguir encontrar uma forma de ser melhor do que o outro, só me fez ter mais certeza de que: não adianta querer mudar o mundo, nós somos o grande problema. E isso é triste.

Na minha opinião a terceira parte foi a melhor. Não por ser a parte final, ou porque o tal segredo da morte foi revelado, mas por atar as pontas soltas que ficaram no decorrer de toda a história. Tudo foi explicado no final do livro (Ufa!). Final esse que me surpreendeu!

Me arrancou uma gargalhada de satisfação. Sério... Foi impagável. Perfeitamente amarrado! Eu não imaginava! Levantei intermináveis hipóteses, e errei.

Enfim, a chave da história é descobrir o tal segredo da morte, que de fato é até plausível. Mas pra mim, o bom mesmo foi me surpreender ao descobrir quem era o dono do Pseudônimo Mr. Queen.


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